A NVIDIA lançou suas tão aguardadas placas de vídeo da série RTX 5000, incluindo as modelos RTX 5090, RTX 5080, RTX 5070 Ti e RTX 5070. Após analisar dados de benchmarks e testes públicos, trago uma avaliação detalhada sobre o que esperar dessas GPUs — e onde elas podem decepcionar.
RTX 5090: A líder, mas com ressalvas
A RTX 5090 consolida-se como a placa mais poderosa do mercado, com 32 GB de GDDR7, 21.760 núcleos CUDA e uma interface de memória de 512-bit, garantindo largura de banda de 1.79 TB/s13. Em desempenho nativo (sem DLSS), ela oferece ~30% a mais de performance que a RTX 4090, alcançando até 40% de vantagem em resoluções 4K56.
Porém, o salto não foi tão expressivo quanto o esperado. Muitos aguardavam um avanço de 40-50%, mas a realidade ficou próxima dos 30% — ainda assim, um marco técnico8. O consumo energético, porém, assusta: 575W de TDP, exigindo fontes de 1.000W e trazendo riscos de superaquecimento, como visto em testes de canais especializados9.
RTX 5080: Um upgrade questionável
A RTX 5080 é a mais polêmica da linha. Com 16 GB de GDDR7 e 10.752 núcleos CUDA, ela é apenas 9-11% mais rápida que a RTX 4080 Super em jogos nativos — um avanço modesto para uma nova geração8. Em comparação com a RTX 3090 Ti, a diferença chega a 20%, o que pode não justificar o upgrade para quem já possui placas high-end anteriores9.
Seu ponto forte é o DLSS 4, que promete quadruplicar frames em jogos compatíveis. Porém, como ressaltam análises, tecnologias de geração de frames ainda sofrem com latência perceptível e artefatos visuais, especialmente em taxas de atualização altas610.
RTX 5070 Ti e 5070: O dilema do custo-benefício
A RTX 5070 Ti, com 16 GB de GDDR7, posiciona-se abaixo da RTX 4080, sendo apenas 2% mais rápida que a RTX 4070 Ti Super — um avanço mínimo para um lançamento de nova geração8. Já a RTX 5070, com 12 GB de VRAM, enfrenta críticas por seu desempenho inferior à RTX 4070 em testes nativos, dependendo fortemente do DLSS 4 para compensar10.
Ambas as placas destacam-se mais pelo preço (US749eUS 549, respectivamente) do que por inovações técnicas. Para usuários de placas como a RTX 3070 ou 4060, podem ser opções viáveis, mas quem busca performance bruta talvez prefira modelos anteriores com desconto8.
DLSS 4 e Multi-Frame Generation: Revolução ou Ilusão?
A NVIDIA apostou alto no DLSS 4, tecnologia que gera até 3 frames artificiais para cada frame real, prometendo até 4x mais FPS5. Embora impressionante em números, a experiência prática ainda divide opiniões: muitos usuários relatam uma sensação de “FPS falsos”, com fluidez artificial e latência residual, mesmo em hardware topo de linha10.
Jogos sem suporte à tecnologia — ou que dependem de renderização nativa — expõem as limitações dessas GPUs. Por exemplo, a RTX 5070 pode ter desempenho 20% inferior à RTX 4070 Super em títulos sem DLSS, levantando dúvidas sobre seu valor real8.
Considerações Finais: Vale a pena migrar?
- RTX 5090: Recomendada para entusiastas e criadores de conteúdo que precisam de máximo poder, mas exige investimento em refrigeramento e fonte robusta39.
- RTX 5080: Só vale a pena se o foco for jogos com DLSS 4. Para quem já tem uma RTX 4080, o salto é pequeno6.
- RTX 5070 Ti/5070: Melhor para upgrades de gerações antigas (ex: RTX 3060), mas decepcionam em performance bruta10.
A série RTX 5000 traz avanços, mas prioriza tecnologias de software sobre hardware. Enquanto a NVIDIA se apoia no DLSS para justificar seus números, usuários que valorizam renderização nativa podem encontrar melhores opções em gerações anteriores ou na concorrência AMD